soldados da borracha

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O que é a Ação Soldado da Borracha - Defensoria Pública do Estado do Pará



Texto que explica o trabalho desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado do Pará desde o ano de 2009.


AÇÃO SOLDADO DA BORRACHA
A Defensoria Pública resgatando a história, promovendo os direitos humanos e a cidadania plena!

I- DESCRIÇÃO OBJETIVA:

I.1 – Introdução:
Inimaginável pensar que depois de várias décadas após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a Defensoria Pública, uma recente Instituição criada pela Constituição Cidadã de 1988, possa contribuir ativamente e ser responsável pelo resgate histórico e social de um segmento social brasileiro que há muito tempo ficou esquecido ou nas páginas de um velho livro de história ou na memória de alguns daqueles próprios cidadãos que aceitaram naquela época se afastar do convívio da sua família e da sua terra natal movidos por um ideal patriótico e pela busca de uma vida melhor.
No Estado do Pará a Defensoria Pública atualmente contribui para a reconstrução da ligação entre o Estado Brasileiro e o grupo social marginalizado que clama há muito tempo por dignidade e cidadania. Faz e participa da História da Segunda Guerra Mundial se tornando uma protagonista na defesa, promoção, difusão e conscientização dos direitos dos soldados da borracha, segmento social que há muito tempo se encontra relegado pela nação brasileira.
Essa ação auxilia na redescoberta de uma pequena parte da memória e história do nosso país já esquecida e faz com que a nossa Instituição se torne um importante instrumento na reversão da seguinte equação perversa: desigualdade + esquecimento = injustiça! Ou seja, é a Defensoria Pública do Pará a grande responsável pelo resgate e promoção da mínima condição de vida digna para com aqueles que entregaram suas vidas na defesa de um interesse maior do Estado Brasileiro e que hoje se encontram vivendo miseravelmente na região para a qual foram enviados, sem nenhuma perspectiva de voltarem aos seus Estados originários.

I.2 – Quem são os soldados da borracha?
São diversos trabalhadores(as) brasileiros(as), principalmente nordestinos, que foram recrutados pelo governo do presidente Getúlio Vargas para trabalhar na produção de borracha nos seringais amazônicos durante a Segunda Guerra Mundial e assim atender o que ficou estipulado no Acordo de Washington entre o nosso país e os Estados Unidos.
O Governo Federal através do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - o SEMTA, utilizando do falso argumento da compensação financeira alistou milhares de homens e suas famílias para empreender o que ficou conhecido como “esforço de guerra” nas florestas amazônicas.
Um grande número de brasileiros do Nordeste foi enviado para os seringais amazônicos, em nome da luta contra o nazismo. Uma história de imensos sacrifícios para milhares de trabalhadores que chegaram à região amazônica e que, em função do estado de guerra, receberam inicialmente um tratamento semelhante ao dos militares. Mas, com um final totalmente inglório, pois dos quase 60 (sessenta) mil soldados da borracha enviados, cerca da metade desapareceu na selva amazônica morrendo em razão das péssimas condições de transporte, do alojamento, dos surtos epidêmicos, dos ataques dos animais e índios e da péssima alimentação.

I.3 – O que tem direito os soldados da borracha?
Só a partir da Constituição de 1988, exatos quarenta e três anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, que os soldados da borracha ainda vivos passaram a receber uma pensão vitalícia correspondente a dois salários-mínimos como reconhecimento pelo serviço prestado ao país. Uma pensão irrisória comparada aos dos soldados que foram para o front na Itália.
Neste contexto, transcorridos algo em torno de 60 anos dessa honrosa missão eis que, algumas dessas pessoas que entregaram suas vidas ao cumprimento do aludido dever pátrio, hoje se encontram vivendo miseravelmente na região, o que se constitui em uma grande injustiça para com aqueles que adjudicaram sua juventude na defesa de um interesse maior do Estado Brasileiro que é dirigida a Ação Soldado da Borracha tendo como objetivo a promoção da cidadania plena a esses brasileiros.
 A Defensoria Pública do Pará no exercício de suas funções constitucionais da defesa dos interesses dos menos favorecidos está desenvolvendo estudos e atividades jurídicas com o objetivo de resgatar a história de desconhecidos e abandonados heróis brasileiros, e assim, possibilitar que os “Soldados da Borracha” possam ser agraciados com a pensão vitalícia concedida pelo Governo Brasileiro, de forma a restituir-lhes a dignidade e efetivamente se fazer Justiça!

I.4 – O início:
        A Ação Soldado da Borracha teve seu início com a realização de um mutirão na cidade de Alenquer em setembro de 2009, tal necessidade foi oriunda da constatação pela defensora coordenadora da Regional de Santarém que muitos cidadãos daquele município procuravam a Instituição solicitando orientação jurídica individualizada.
Objetivando dar resposta a este anseio foi agendado um atendimento geral, nesta ocasião foi constatado pelo defensor que a grande problemática para a falta de êxito nas demandas de justificação era a escassez da prova material. Muitos dos assistidos que procuraram o serviço oferecido naquela ocasião relataram histórias da época e de suas vidas que podiam ser consideradas de plano verídicas. Datas, contextos, nomes de pessoas e dos grandes comerciantes e financiadores indicavam o relator como vivente da década de 1940, porém sem nenhum tipo de documentação que pudesse comprovar a veracidade do que estava sendo alegado.
Outro ponto que chamou a atenção durante a realização da visita foi o grande número de relatos dos assistidos que foram vítimas dos golpes de pessoas que periodicamente os procuravam para solicitar pagamento de supostos valores e assim auxiliar no processamento dos seus pedidos administrativos junto ao INSS.
No intuito de atender essa demanda, ao final do trabalho foi encaminhado um memorando ao Defensor Público Geral sugerindo dentre outras medidas: combate aos golpes com a divulgação de alertas na imprensa e uma pesquisa nos arquivos da administração do presidente Getúlio Vargas e nos Ministérios Federais com a finalidade de conseguir o maior número de documentos da época e principalmente a lista das pessoas convocadas.
De posse dos documentos enviados pelo Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e movidos pelo compromisso institucional que é o de se tornar cada vez mais um instrumento imprescindível à inclusão social dos menos favorecidos residentes na região amazônica deu-se início a Ação itinerante Soldado da Borracha. 

I.5 - Objetivos da Ação Soldado da Borracha:
A presente ação tem como objetivo principal garantir aos idosos conhecidos como soldados participantes do “Esforço da Borracha” e seus beneficiários um ocaso decente, tendo como linhas gerais:
 1)    Resgatar um importante fato histórico consistente na participação de um segmento social que contribuiu efetivamente para o final da II Guerra Mundial e que as gerações brasileiras não conhecem pelo simples fato da desinformação;
 2)   Ver reconhecido na Justiça e principalmente no INSS a condição de ex-combatente de guerra daquelas pessoas que foram convocadas para a extração do látex nos seringais da Região Amazônica;
 3)     Garantir a pensão vitalícia tanto aqueles que enfrentaram uma dura vida de trabalho nos seringais amazônicos e que apresentam o perfil do “Soldado da Borracha” quanto aos seus dependentes.

Visando alcançar os objetivos acima mencionados, a ação soldado da borracha:
 a.      Realiza mutirões nas localidades que abrigaram e abrigam tais pessoas almejando o ingresso da devida ação de justificação judicial ou administrativa;
b.          Desempenha a defesa administrativa do referido grupo social junto ao INSS;
c.         Promove Audiências Públicas visando à difusão de conhecimento, esclarecimento da população dos direitos assegurados por nossa legislação e no combate aos golpes e falsas promessas ainda existentes.

I.6 – Etapas da Ação Soldado da Borracha:
  1. ETAPA: Expedição de um Memorando para o Defensor Público Geral do Estado do Pará. Objetivo: Informar acerca do assunto e solicitar apoio institucional para desenvolvimento do projeto;
  2. ETAPA: Confecção do Estudo sobre os “Soldados da Borracha”. Objetivo: Aprofundar a investigação acerca da temática e subsidiar futuras solicitações e divulgações do tema;
  3. ETAPA: Envio de ofícios institucionais aos diversos Ministérios Federais que no governo de Getúlio Vargas trataram sobre o tema (Relações Exteriores, Defesa, Trabalho, Fazenda e Arquivo Nacional). Objetivo: Solicitar o apoio ao projeto, colher listagem ou documentos da época das famílias convocadas para a região amazônica e obter com mais facilidade a prova material/documental exigida pela lei;
  4. ETAPA: Chegada das respostas dos Ministérios aos ofícios emitidos pela Defensoria Pública. Apoio do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro com o envio dos documentos da época e uma listagem de convocados com cerca de 12.000 (doze mil) nomes;
  5. ETAPA: Preparação pelo Setor de Informática da Defensoria Pública do Pará do Software que auxilia na busca dos alistados e obtenção da parceria inédita entre a Defensoria do Pará e o INSS na Ação do Soldado da Borracha. Objetivo: celeridade na análise dos pedidos;
  6. ETAPA: Divulgação do Projeto em toda imprensa. Objetivo: resgatar a história de desconhecidos e abandonados heróis brasileiros e combater os golpes que ainda hoje enfrentam os ainda vivos “soldados da borracha” com a divulgação de esclarecimentos a toda a população;
  7. ETAPA: Capacitação de profissionais. Objetivo: preparar os defensores públicos e auxiliares administrativos da Defensoria Pública para que conheçam a legislação, a história e os direitos dos “soldados da borracha”;
  8. ETAPA: Realização de audiências públicas e mutirões nas cidades que abrigam pessoas que tem o perfil do “soldado da borracha” e que ainda não possuem o benefício concedido pelo Governo Federal. Objetivo: orientar e conscientizar o cidadão quanto aos seus direitos e deveres, bem como, prestar assistência jurídica gratuita a todos da comunidade.
  9. ETAPA: Difusão da Ação Soldado da Borracha para demais Estados Brasileiros interessados no seu desenvolvimento (Acre, Amazônia e Ceará, por exemplo).
  10. ETAPA: Organização da Exposição “O Inferno Verde: a saga dos soldados da borracha!”. Objetivo: difundir o conhecimento acerca do tema. Parceria com a Universidade Federal do Ceará e Museu de Arte da Universidade do Ceará.

II- DESCRIÇÃO DO NÚMERO DE PESSOAS BENEFICIADAS:

            II .1 – A logística dos Mutirões:

Ao ter conhecimento da existência de um grande número de cidadãos que trabalharam na atividade extrativista da borracha e ainda residentes no município interessado em realizar a ação, o defensor público coordenador da regional mais próxima procura as autoridades locais objetivando esclarecer tal ação e solicitar o apoio logístico e toda a infra-estrutura adequada para a realização do evento.
 O objetivo dessa tratativa inicial é conseguir a reserva de um amplo espaço na cidade que possa ser utilizado durante toda a semana, patrocínio de lanches a serem ofertados ao público presente (biscoitos, sanduíches, cafés e refrigerantes), bem como, auxilio na divulgação pela imprensa local (carros de som, rádios, jornais e TVs).  
 Depois de confirmado o apoio local, a Defensoria Pública desloca seus profissionais para a cidade que irá receber o mutirão de cidadania. Tal equipe composta de um defensor público e de servidores (cerimonial e auxiliares administrativos) traz consigo todo o material a ser utilizado durante o decorrer do evento (materiais de escritório, computador, impressora, banners, faixas, data show e a listagem do Arquivo Nacional).
 O mutirão na cidade se principia com a realização de uma audiência pública que tem como objetivo principal esclarecer a todas as pessoas interessadas em obter maiores informações acerca da ação e dos respectivos direitos assegurados aos soldados da borracha na legislação pátria.
 Nos dias posteriores acontecem às entrevistas individuais com cada cidadão que acredita preencher o perfil do soldado da borracha, neste momento são analisados todos os documentos trazidos pela pessoa e sua história de vida. Após uma breve conversa com o interessado, o entrevistador percebendo a possibilidade de êxito do pedido inicia o preenchimento de uma ficha individual, juntando a ela fotocópia dos documentos pessoais, prova material (se ainda existir) e os nomes das três testemunhas.
 Caso se perceba a impossibilidade de êxito no pedido administrativo, esse mesmo entrevistador informa ao interessado o porquê dele não preencher o perfil do soldado da borracha fundamentando tal situação. A idéia é evitar que especulações de êxito continuem presente na cabeça do cidadão interessado e assim diminuir o número de golpes de pessoas de má índole que fomentam o sucesso do pedido no INSS atrelado ao pagamento de supostas taxas.
 Após organizar as pastas com as entrevistas individuais das pessoas que têm grandes chances de êxito no pedido administrativo pelo INSS, começa o cruzamento dos nomes desses cidadãos entrevistados com os da listagem cedida pelo Arquivo Nacional, ao ser encontrado o nome tira-se uma fotocópia da página em que constam os dados e tal documento é adicionado à pasta individualizada. Posteriormente, o defensor público inicia a preparação das petições iniciais e o termo de renúncia de aposentadoria ou de outro beneficio caso o interessado receba algum (ressalte que se faz necessário, pois a legislação pertinente não permite a cumulação com tal pensão vitalícia).
 No quarto dia ao ser preparado todo o jogo de documentos, divulga-se na imprensa local os nomes das pessoas que serão encaminhadas pela Defensoria Pública ao protocolo do INSS. Tal Autarquia Federal através da parceria realizada se compromete a agendar tais pessoas com prioridade e se caso for necessário desloca uma equipe especial para realizar todo o procedimento da justificação administrativa.
  Temos a seguinte agenda: 1º dia (segunda-feira): Audiência Coletiva; 2º dia (terça-feira): Entrevistas Individuais; 3º dia (quarta-feira): Recebimento de documentos; 4º dia (quinta-feira): Divulgação da informação da listagem (rádio e cartazes); 5º dia (sexta): Encaminhamento a Agência do INSS.

II. 2 – As experiências dos mutirões itinerantes:
           
     II.2.a) Município de Alenquer/PA – no dia doze de abril de dois mil e dez, aconteceu no Plenário da CÂMARA MUNICIPAL de Alenquer a primeira itinerância da Ação Soldado da Borracha com a realização de uma Audiência Pública estando presentes as autoridades do município, a equipe da Defensoria Pública e os cidadãos interessados em obter maiores informações acerca dos respectivos direitos assegurados na legislação pátria.
    Ao final dos trabalhos e de posse da listagem de freqüência chegamos à soma de mais de 120 (cento e vinte) pessoas presentes na Audiência Pública, sendo realizados mais de 140 (cento e quarenta) atendimentos individuais no decorrer do evento. No final da semana foram encaminhadas 08(oito) pessoas que tem chance de ser contempladas com a pensão vitalícia.
   II.2.b) Município de Santarém/PA – Após a realização da primeira ação itinerante foi organizada a Audiência Publica na cidade de Santarém, neste dia estiveram presentes 98 (noventa e oito) pessoas que buscaram maiores esclarecimentos acerca do beneficio concedido pelo Governo Federal. Ressalte que mesmo após tal evento foi constatado o grande número de pessoas que ainda buscavam informações a respeito da sua situação individual, para dar conta desta demanda a defensora coordenadora da regional instituiu semanalmente atendimentos que já atingiram o número de 103 (cento e três) pessoas, sendo protocoladas 72 (setenta e duas) ações judiciais e 13 (treze) encaminhamentos ao INSS.
      
 II.2.c) Município de Altamira/PA - no dia cinco de julho de dois mil e dez, reuniu-se no Plenário da CASA DA CULTURA de Altamira em Audiência Pública as autoridades do município, a equipe da Defensoria Pública  e as pessoas interessadas. Estavam presentes mais de 500 (quinhentas) pessoas no recinto e foram realizados mais de 250 (duzentos e cinqüenta) atendimentos individuais no decorrer da semana. Ao final foram encaminhados 16 (dezesseis) pedidos administrativos ao INSS para que sejam analisadas as provas materiais conseguidas e colhidos os depoimentos das testemunhas e do próprio (a) interessado (a). 
      Com essa iniciativa desenvolvida pela Defensoria Pública do Pará estamos tentando reparar a enorme injustiça para com cidadãos carentes que prestaram inestimáveis serviços ao nosso País e se encontram completamente injustiçados, sendo ignorada toda a sua importância e participação no desenvolvimento de nossa Nação. 
Segue abaixo o número de assistidos que foram atendidos pela itinerante Ação Soldado da Borracha: 

Cidades Paraenses
Audiência Pública
Entrevistas individuais
Encaminhados
  Ações Judiciais

Total


Alenquer
120 pessoas
140 pessoas
08 pessoas
0

268


Altamira
500 pessoas
250 pessoas
16 pessoas
0

766


Santarém
98 pessoas
103 pessoas
13 pessoas
72 ações

286


Total geral





1320


O número total de pessoas diretamente beneficiadas se levarmos em conta todas aquelas que buscaram nossos esclarecimentos no decorrer dos eventos itinerantes já realizados nas cidades de Alenquer, Altamira e Santarém, incluindo neste número a presença dos cidadãos nas audiências públicas, as entrevistas individuais realizadas, as ações judiciais e os encaminhamentos realizados é de 1.320 (um mil trezentas e vinte) pessoas.

III- DIFICULDADES ENCONTRADAS E A FORMA DE SUPERAÇÃO:
     Infelizmente a grande dificuldade ainda encontrada pela equipe da Defensoria Pública é a falta de início da prova material para os cidadãos nativos da região amazônica e que também contribuíram para o esforço da borracha. O problema é que muitos deles não são oriundos do nordeste e não foram encaminhados nem pelo SEMTA (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia) nem pela CAETA (Comissão Administrativa do Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia). 
     Objetivando a superação deste tipo de problemática durante o decorrer do evento, reunimos esforços no sentido de que nos seja repassado todos os tipos de documentos da época ainda guardados pelas famílias dos seringalistas da região. Frise-se que no município de Altamira obtivemos acesso a três livros de corretagem (espécie de livro tipo diário contendo dados individuais de produção de borracha) datados da década de 1950, fornecidos pela viúva do gerente de um importante seringal. 

IV- RECURSOS ENVOLVIDOS:
Os recursos envolvidos na prática aqui exposta, são aqueles já existentes na Defensoria Pública, são eles:
·                 Quadro de pessoal (defensor e servidores administrativos);
·                 Materiais de apoio (computador, telefone funcional, impressora, banners, data show e materiais de escritório);
·                 Passagens aéreo-fluviais e diárias.
Vale frisar que todo o evento (audiência pública e atendimento individualizado) acontece em edifícios públicos.

V- BENEFÍCIOS INSTITUCIONAIS ALCANÇADOS:
Esta prática significa verdadeiro acesso à justiça por grande parte dos cidadãos paraenses que ainda se encontram olvidados pela nação brasileira. A repercussão dessa ação humanitária tem sido significativa, tanto para os assistidos que declaram ser esta a primeira vez depois de muitos anos em que estão sendo contemplados com um programa deste porte, quanto para a sociedade e imprensa que se deparam com uma prática inovadora e de vanguarda que busca garantir o resgate social e histórico dos soldados da borracha. 
Durante a realização dos mutirões a sociedade passa a conhecer, ainda mais, a incumbência constitucional da Defensoria Pública e reconhecer a importância da instituição como garantidora da harmonia social.
Outro ponto de destaque é o envolvimento de importantes e inimagináveis atores sociais (instituições públicas e privadas) que se tornam parceiros no desenvolvimento e no fortalecimento da missão da Defensoria Pública.
Além de tudo isso, a imagem da Defensoria Pública do Pará se consolida cada vez mais, como uma instituição compromissada com a inclusão social e com a garantia da dignidade e cidadania dos povos da Amazônia. 

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