Imagine um lugar em que você pode reviver a História, sentir a atmosfera de uma parte do passado vivido na região amazônica, tocar em objetos reais, entrar na floresta e se emocionar em saber dos métodos de violência e do poder que os coronéis tinham para manter a estrutura da escravidão branca. Acha isso impossível?
Então você deve ir conhecer o Museu dos Seringueiros na cidade de Manaus/AM. Lá os visitantes são convidados a entrar numa parte da História do Brasil, conhecer o sistema de aviamento tão predominante no período áureo da borracha (sistema em que os seringueiros trocavam mercadorias/mantimentos por látex extraído na sua dura rotina de trabalho).
O local serviu como cidade cenográfica para o filme A SELVA de 2001, uma adaptação do romance de mesmo nome, do escritor Ferreira Castro, em que se retratam as suas experiências durante a sua permanência no Brasil durante o primeiro ciclo da borracha.
Vale destacar que apesar do local apresentar as características do primeiro ciclo da borracha (iniciado no final do século XIX) e a história dos soldados da borracha marcarem o segundo ciclo de exploração (na metade do século XX), percebemos que os costumes locais, os meios de transporte, a forma de dominação de poder, o sistema de aviamento e do barracão, a maneira de retirada do latéx na floresta, as ferramentas, a figura do regatão (barqueiro que oferecia produtos/mantimentos em troca de látex aos seringueiros de forma clandestina), tudo foi repetido na Batalha da Borracha.
Durante a visita somos surpreendidos com algumas curiosidades, tais como: a falsidade do padre enviado pelo coronel para a realização das confissões dos seringueiros, esta era a forma do temido coronel descobrir as insatisfações e segredos dos seus subordinados; se o seringueiro não aparecesse nas festas devia do mesmo jeito daquele que foi, aproveitou e ficou endividado. Não adiantava reclamar “a festa era para todos, você que não quis vim! A sua dívida esta registrada do mesmo jeito!”.
Ficou curioso para conhecer? Pois bem, chegando à Manaus dirija-se para o Porto marina do Davi e pegue uma lancha da cooperativa que custa R$18.00 a viagem de ida e volta. O percurso dura em média de 30 minutos, mas a paisagem vale muito a pena, já que conheceremos algumas comunidades locais com casas, igrejas, mercados tudo flutuantes!
A entrada do museu custa R$5,00 e funciona até às 16 horas.
Dica: se você for cedo aproveite para conhecer a praia da lua e tomar aquele banho de rio regado com aquela cervejinha gelada acompanhada de peixe frito.
Parabéns Carlos Eduardo, por esse importante resgate da história desses heróis! Meu avô José Jacinto de Araújo, deixo o Ceará, para ser um soldado da borracha . Sempre tive curiosidade de saber sobre esses homens abnegados. Em breve irei a Manaus , visitar esse valioso museu .
ResponderExcluirEspero que tenha podido conhecer esse lugar incrível e desfrutado da História viva!!!!
ExcluirEstive em Manaus, entre 12 e 18 de maio de 2019, foi uma experiencia maravilhosa, encontrei parentes que não os via há muitos anos, e visitamos o museu dos seringueiros, onde fomos muito bem recebidos, bem como outros locais extraordinários de Manaus.
ExcluirParabens pelo trabalho, você pode enviar o endereço desse museu?
ResponderExcluirEsse museu fica na cidade de Manaus.
ResponderExcluirMuseu do Seringal Vila Paraíso, localizado no Igarapé São João, na área rural de Manaus.
<https://cultura.am.gov.br/portal/museu-do-seringal-vila-paraiso/