soldados da borracha

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Museu dos Seringueiros– voltar na história de forma emocionante

Imagine um lugar em que você pode reviver a História, sentir a atmosfera de uma parte do passado vivido na região amazônica, tocar em objetos reais, entrar na floresta e se emocionar em saber dos métodos de violência e do poder que os coronéis tinham para manter a estrutura da escravidão branca. Acha isso impossível?

Então você deve ir conhecer o Museu dos Seringueiros na cidade de Manaus/AM. Lá os visitantes são convidados a entrar numa parte da História do Brasil, conhecer o sistema de aviamento tão predominante no período áureo da borracha (sistema em que os seringueiros trocavam mercadorias/mantimentos por látex extraído na sua dura rotina de trabalho).

O local serviu como cidade cenográfica para o filme A SELVA de 2001, uma adaptação do romance de mesmo nome, do escritor Ferreira Castro, em que se retratam as suas experiências durante a sua permanência no Brasil durante o primeiro ciclo da borracha.

Vale destacar que apesar do local apresentar as características do primeiro ciclo da borracha (iniciado no final do século XIX) e a história dos soldados da borracha marcarem o segundo ciclo de exploração (na metade do século XX), percebemos que os costumes locais, os meios de transporte, a forma de dominação de poder, o sistema de aviamento e do barracão, a maneira de retirada do latéx na floresta, as ferramentas, a figura do regatão (barqueiro que oferecia produtos/mantimentos em troca de látex aos seringueiros de forma clandestina), tudo foi repetido na Batalha da Borracha.

Durante a visita somos surpreendidos com algumas curiosidades, tais como: a falsidade do padre enviado pelo coronel para a realização das confissões dos seringueiros, esta era a forma do temido coronel descobrir as insatisfações e segredos dos seus subordinados; se o seringueiro não aparecesse nas festas devia do mesmo jeito daquele que foi, aproveitou e ficou endividado. Não adiantava reclamar “a festa era para todos, você que não quis vim! A sua dívida esta registrada do mesmo jeito!”.

Ficou curioso para conhecer? Pois bem, chegando à Manaus dirija-se para o Porto marina do Davi e pegue uma lancha da cooperativa que custa R$18.00 a viagem de ida e volta. O percurso dura em média de 30 minutos, mas a paisagem vale muito a pena, já que conheceremos algumas comunidades locais com casas, igrejas, mercados tudo flutuantes!

A entrada do museu custa R$5,00 e funciona até às 16 horas.






 
 
 
Dica: se você for cedo aproveite para conhecer a praia da lua e tomar aquele banho de rio regado com aquela cervejinha gelada acompanhada de peixe frito.

5 comentários:

  1. Parabéns Carlos Eduardo, por esse importante resgate da história desses heróis! Meu avô José Jacinto de Araújo, deixo o Ceará, para ser um soldado da borracha . Sempre tive curiosidade de saber sobre esses homens abnegados. Em breve irei a Manaus , visitar esse valioso museu .

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    1. Espero que tenha podido conhecer esse lugar incrível e desfrutado da História viva!!!!

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    2. Estive em Manaus, entre 12 e 18 de maio de 2019, foi uma experiencia maravilhosa, encontrei parentes que não os via há muitos anos, e visitamos o museu dos seringueiros, onde fomos muito bem recebidos, bem como outros locais extraordinários de Manaus.

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  2. Parabens pelo trabalho, você pode enviar o endereço desse museu?

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  3. Esse museu fica na cidade de Manaus.
    Museu do Seringal Vila Paraíso, localizado no Igarapé São João, na área rural de Manaus.
    <https://cultura.am.gov.br/portal/museu-do-seringal-vila-paraiso/

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