soldados da borracha

terça-feira, 31 de maio de 2016

Livro “Soldados da Borracha: o exército esquecido que salvou a Segunda Guerra Mundial”,

Guerreiros da selva amazônica - Jornal O povo

Soldados da Borracha, do pesquisador norte-americano Gary Neeleman, será lançado hoje, às 19 horas, no Espaço O POVO de Cultura & Arte
AddThis Sharing Buttons
Jáder Santana jadersantana@opovo.com.br
DIVULGAÇÃO
No alto, navio de guerra usado no transporte de soldados e mercadorias. Acima,os %u201Carigós%u201D, e o cearense João Rodrigues Amaro

Cerca de 55 mil nordestinos viajaram até a Amazônia nos anos da II Guerra Mundial para extrair a borracha que supriria a demanda dos Estados Unidos e dos exércitos Aliados no conflito. Com condições precárias de alimentação, saúde e estadia, os “soldados da borracha” foram morrendo aos milhares, vítimas de doenças como malária, febre amarela e dengue. Foram aproximadamente 26 mil mortes. Em comparação com as estatísticas de mortos nas linhas de guerra, o número assusta: menos de 500 soldados brasileiros morreram na Itália.

“Foi, sem dúvidas, um dos mais importantes sacrifícios da Guerra”, reflete o jornalista e pesquisador norte-americano Gary Neeleman, que ao lado de sua esposa, a professora Rose Neeleman, escreveu o livro Soldados da Borracha: O Exército Esquecido que Salvou a Segunda Guerra Mundial. Publicado pela Editora Universitária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o livro será lançado hoje, às 19 horas, no Espaço O POVO de Cultura & Arte.

“Em minha opinião, os brasileiros em geral têm pouco interesse pelo que aconteceu no território amazônico. Eu penso que é muito importante que as pessoas daqui conheçam a tremenda contribuição do Brasil para a vitória na II Guerra Mundial”, explica Gary, que descobriu a história dos soldados da borracha quando fazia pesquisas para seu livro Trilhos da Selva, publicado em 2012, sobre a história dos homens que construíram a estrada de ferro Madeira-Mamoré, também na Amazônia.

Enquanto desenvolvia suas pesquisas sobre os soldados da borracha, teve acesso aos arquivos do Congresso dos Estados Unidos e encontrou mais de 300 páginas com telegramas, informações de transações e fotos que explicitavam as negociações realizadas com o governo brasileiro. Muitos desses documentos foram incluídos no livro, que conta com rico conteúdo gráfico e ampla sessão de referências e notas para consulta.

Gary tem uma relação de longos tempos com o Brasil. Veio ao País pela primeira vez no início da década de 1950, como missionário da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. “Eu me apaixonei pelas pessoas e pelas belezas do País e sempre quis voltar pra cá”, relembra. No final daquela década, em 1958, voltou ao Brasil como correspondente e aqui permaneceu até 1966, cobrindo os principais acontecimentos de nossa política. Nos últimos 14 anos, Gary vem atuando como cônsul honorário para o Brasil no estado de Utah, nos Estados Unidos.

O pesquisador baseou parte de sua investigação na série de reportagens especiais publicadas pela jornalista Ariadne Araújo no O POVO, em 1998. Intitulado Soldados da Borracha: A Saga dos Arigós, o suplemento revelava a situação de escravidão a que os soldados eram submetidos.

Na ocasião do lançamento de Soldados de Borracha, o professor e pesquisador do departamento de história da Universidade Federal do Ceará (UFC), Eurípedes Funes, vai mediar o debate entre o público e os autores do livro. Eurípedes, que esteve na região Amazônica durante sua pesquisa de doutorado, acredita que são muitas as histórias curiosas envolvidas nesse trabalho: “Pra mim, que convivi com vários soldados e dialoguei com muitos deles, o que mais me toca e fascina em suas narrativas é a saudade que eles sentem dos seus. Muitos dos que ainda ali estão nunca voltaram aos lugares de onde partiram, nem reviram os familiares”.

Serviço

Lançamento do Livro Soldados da Borracha
Quando: hoje, às 19 horas
Onde: Espaço O POVO de Cultura & Arte (av. Aguanambi, 282 - José Bonifácio)
Preço: R$85 (e-book R$14,90)
242 páginas  ediPUCRS 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Compra do livro - Soldados da Borracha - Os Heróis Esquecidos

 Se você ficou interessado em adquirir um exemplar do livro soldados da borracha- hérois esquecidos. Informo que ele está disponível para vendas no site da SARAIVA por R$78,00. O livro esta lindo e vale a pena conhecer essa parte da História do Brasil.

http://www.saraiva.com.br/soldados-da-borracha-os-herois-esquecidos-9197253.html

Ao mesmo tempo em que a Segunda Grande Guerra convulsionava o mundo, no interior do Brasil um drama silencioso e quase invisível estava em curso. Milhares de homens e mulheres foram enviados do Nordeste para a Amazônia como parte do esforço de guerra conhecido como a “Batalha da Borracha”. O livro Soldados da Borracha: os heróis esquecidos traz à luz este capítulo pouco conhecido da nossa história, obra que recebe o apoio do Minc – Ministério da Cultura do Governo Federal.
PESO0.44 Kg
EDITORAESCRITURAS
I.S.B.N.9788575316450
ALTURA28.50 cm
LARGURA27.50 cm
PROFUNDIDADE2.50 cm
NÚMERO DE PÁGINAS256
IDIOMAPortuguês
ACABAMENTOEncadernado
CÓD. BARRAS9788575316450
ANO DA EDIÇÃO2015
AUTORMatsui , Taro

Livro Soldados da Borracha heróis esquecidos. Lançamento

REtirado do site: 
http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2016/02/18/noticiasjornalvidaearte,3576632/soldados-esquecidos.shtml

MEMÓRIA. BATALHA DA BORRACHA 18/02/2016

Soldados esquecidos

Livro e documentário revivem história de homens enviados à Amazônia para o fornecimento de matéria-prima aos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial
NOTÍCIA0 COMENTÁRIOS
ACERVO MAUC/ DIVULGAÇÃO ACERVO ANA MARIA ASSIS RIBEIRO/ DIVULGAÇÃO
A partida dos primeiros soldados para a Amazônia aconteceu em 1943Sa0)

No final dos anos 1990, a então repórter especial doO POVO, Ariadne Araújo, saiu da redação com o objetivo de escrever uma matéria sobre versos eróticos e obscenos. De um dos entrevistados, o cearense João Amaro, na época com 68 anos, recebeu um livro de poemas picantes e uma carta datilografada na qual narrava um lado quase esquecido de sua vida: seus dias de soldado de borracha, metido no coração da Amazônia - o inferno verde - para a extração do látex que seria usado pelos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial.


“Picada pelo mosquito da curiosidade, pelo desejo de saber mais, de investigar aquela história desconhecida, misto de tragédia e aventura, peguei as malas e fui buscar o passado de João Amaro nos igarapés amazônicos, nas margens dos rios barrentos, navegando em canoas ligeiras, balançando na altura da palafitas”, conta Ariadne. Em junho de 1998, com a chamada “Nordestinos viram escravos nos seringais da Amazônia”, publicou o suplemento especial Soldados da Borracha.

Dezoito anos depois dessa aventura, Ariadne participa amanhã, 19, às 19 horas, no Espaço O POVO de Cultura & Arte, do lançamento do livro Soldados da Borracha: Os Heróis Esquecidos, projeto do cineasta cearense Wolney Oliveira com textos da jornalista e do historiador Marcos Vinícius Neves. Até o final do ano, Wolney também deve concluir o documentário A Guerra da Borracha, que visita os sobreviventes do episódio e a luta pelo reconhecimento dos seus direitos.

“O governo brasileiro patrocinou um verdadeiro genocídio. Do total de 55 mil homens, aproximadamente 25 mil morreram no primeiro ano”, argumenta Wolney, que embasou sua pesquisa em depoimentos de sobreviventes, dados oficiais e no acervo histórico disponibilizado pelo Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc).

O livro, ricamente ilustrado com fotos, mapas, cartazes e páginas de jornais, ajuda a traçar um panorama sobre a situação precária em que viviam aqueles milhares de homens e mulheres que abandonavam seus estados em busca de trabalho e bons salários nos idos de 1940. Uma caravana de estudantes cearenses, enviada aos seringais para estudar o cenário na época, trouxe o registro de 23 mil mortes causadas por malária, meningite, febre amarela, beribéri, icterícia e ferimentos não cuidados.

Dos soldados que sobreviveram, nenhum assistiu à equiparação de seus direitos aos dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB), como havia sido prometido pelo governo Vargas. Decorridos 70 anos, continuam lutando junto ao Congresso Nacional, à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Corte Internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O POVO online

Veja vídeo sobre a matéria em www.opovo.com.br/videos
além do caderno Soldados da Borracha, e entrevista com a autora emwww.opovo.com.br

SERVIÇO

Lançamento do livro Soldados da Borracha
Quando: amanhã, 19, às 19 horas
Onde: Espaço O POVO de Cultura & Arte (av. Aguanambi, 282 - Joaquim Távora)
Entrada franca
Telefone: 3255 6037