soldados da borracha

sexta-feira, 24 de outubro de 2014




No último dia 21 de outubro foi lançado pela Defensoria Pública do Estado do Pará o livro “A Proteção dos Direitos Fundamentais pela Defensoria Pública”, obra publicada em dois volumes pela editora LumenJuris, uma das maiores editoras jurídicas do Brasil.
Os dois livros reúnem artigos produzidos por 17 Defensores Públicos do Pará, que retratam a importância da atuação diária da Defensoria em todo o Estado, na busca pela concretização da cidadania.
Sou um dos autores e minha produção acadêmica tem como título "A memória histórica como um direito humano fundamental: o caso dos soldados da borracha." Meu texto aborda os seguintes temas: Justiça de Transição, Direito à memória e à verdade, a importância da criação da Comissão da Verdade referente ao período do Estado Novo (previsto no III Plano Nacional de Direitos Humanos) e faz um retrospecto histórico das violações de Direitos Humanos enfrentadas pelos soldados da borracha ao longo dos anos.  
Se você ficou interessado, o livro esta sendo vendido nas livrarias SARAIVA e no site da Editora LUMENJURIS. http://www.lumenjuris.com.br/

                                                                 RESUMO

Panorama histórico acerca dos Soldados da Borracha, segmento social importante na história do nosso país e ao mesmo tempo tão excluído pela atual conjuntura política. Esta que ainda adota a posição do silêncio. Esquece o seu passado. Abandona os sobreviventes à própria sorte e relega suas histórias. A Batalha da Borracha caracterizou-se, pela grande migração, principalmente de nordestinos, para os seringais da Região Amazônica no início da década de 1940. Estes trabalhadores, recrutados/alistados pelos órgãos brasileiros oficiais da época, deixaram sua terra natal, abandonaram suas famílias, sua gente e suas vidas rumo ao “novo Eldorado brasileiro” e se submeteram ao desumano sistema de aviamento nos rincões amazônicos. Crendo na possibilidade de uma vida nova e em tempos vindouros. Promover o aprofundamento do estudo e do debate acerca do que é o Direito à Verdade e da Justiça Transicional, já que ambos possuem a utilidade e a capacidade de se tornarem um extraordinário mecanismo na busca e no alcance da reconciliação nacional, da consolidação da democracia brasileira e na recuperação da dignidade de pessoas ou grupos sociais vulneráveis na atualidade e que ainda vivem à margem da sociedade. Assim como, fomentar a importância do Direito à Memória e à Verdade como uma forma de se entender, através da História são alguns dos nossos objetivos. Bem como, evocar a saga dos soldados da borracha, contribuir na recuperação dessa recente memória na História brasileira, apresentar todas as graves violações de Direitos Humanos sofridas por essa gente com o passar dos anos, demonstrar o quanto é atual este tema e o quanto se torna imperioso ainda dedicar-se ao estudo desta importante participação do nosso país na Segunda Guerra Mundial, e assim, auxiliar na promoção e no fomento da discussão da imprescindível necessidade na preservação da memória histórica do Brasil por todos os seus cidadãos e atuais autoridades.
 


Palavras-chave: Soldados da borracha. Direito à Memória. Comissão da Verdade.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

MUSEU EMILIO GOELDI´- BELÉM RECEBE O “SOLDADO DA BORRACHA”

 Na 33ª edição do salão de arte, o pavilhão conhecido como “Rocinha” do Museu Goeldi recebe a obra do artista homenageado do Arte Pará, o pintor e desenhista Paulo Sampaio(1923-2014), falecido em abril com a exposição “Caríssimo: O Soldado da Borracha”. A homenagem  foi aberta, no último dia 09 de outubro dentro do Museu Emílio Goeldi. Familiares do artista estiveram presentes na cerimônia de abertura da sala que, contou ainda com a participação do curadores Paulo Herkenhoff e Margalho Açu. Além da Diretora-Executiva da Fundação Romulo Maiorana, Roberta Maiorana, Daniela Sequeira, Coordenadora-Geral Arte Pará e Vania Leal, Curadora-Educacional do projeto.

 

Paulo Sampaio iniciou a carreira artística apenas dois anos antes de falecer. Porém, deixou um legado que, hoje, pode ser visto no Museu de Arte do Rio (MAR). As obras dele eram impregnadas de histórias da época em que viveu. 

 

A exposição “Caríssimo: O soldado da borracha” tem a curadoria do artista plástico e amigo de Sampaio, Margalho Açu, que procurou ambientar no salão transversal do edifício histórico os painéis com desenhos e as nove pinturas do artista, dentre elas “Ataque ao Acampamento” e “Transamazônica”. O espaço fica aberto à visitação das terça-feira a domingo, de 9h as 17h, até o dia 9 de dezembro.

Vale a pena prestigiar. A entrada é gratuita.